A Polícia Civil de Goiás, através do Grupo de Proteção Animal de Goiânia – 1ª DRP, identificou na quarta-feira (28) o suposto autor de um crime de maus-tratos a animais, envolvendo o abandono de três cães em um imóvel sem qualquer assistência por, pelo menos, três dias. Conforme as investigações, o responsável pelos animais teria se mudado para o estado do Maranhão, deixando os cães trancados na residência. A proprietária do imóvel confirmou à polícia a mudança dos inquilinos, o que reforçou as suspeitas contra o autor.

Diante da situação, foi solicitada uma perícia de maus-tratos ao Instituto Médico Legal Veterinário, além do apoio do Corpo de Bombeiros para auxiliar no resgate dos animais, especialmente devido à presença de um cão assustado e arredio. No entanto, ao final da operação, uma representante da ONG Alma de Patas conseguiu resgatar o animal arredio e acolheu os outros dois cães abandonados, além de um peixe beta que também havia sido deixado no local.

O cenário encontrado no imóvel era desolador: os animais estavam sem comida ou água, em um ambiente insalubre, sujo, repleto de fezes e infestados de ectoparasitas. Essa condição crítica em que os cães foram encontrados evidencia a gravidade dos maus-tratos sofridos.

O responsável por abandonar os animais poderá responder por crime de maus-tratos qualificado pela espécie canina, com pena de até cinco anos de prisão, além de maus-tratos simples em relação ao peixe, que pode resultar em até um ano de prisão. Os animais foram levados ao Centro Veterinário Parque para receberem assistência médica veterinária imediata. Após os cuidados necessários, os cães serão acolhidos pela ONG Alma de Patas, onde ficarão disponíveis para adoção.

Este caso serve como um grave lembrete de que abandonar animais é crime, e os responsáveis por tais atos responderão judicialmente pelas suas ações. A Polícia Civil de Goiás segue comprometida em combater o abandono e maus-tratos a animais, garantindo que os infratores sejam responsabilizados e que os animais recebam o cuidado e a dignidade que merecem.