Polícia Civil desarticula esquema de fraudes milionárias liderado por Thiago da Matta Fagundes em Goiás e São Paulo

A Polícia Civil, por meio da 4ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia, deflagrou uma operação nesta terça-feira, 29, cumprindo oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Porangatu e Pindamonhangaba (SP). A ação faz parte de uma investigação que visa desmantelar um esquema de fraudes imobiliárias e financeiras, liderado por Thiago da Matta Fagundes, que teria causado prejuízos milionários a instituições financeiras e pessoas físicas.

A investigação foi iniciada após a denúncia de uma das principais vítimas, que relatou ter negociado a compra de uma fazenda em Porangatu-GO com Thiago. Após o pagamento integral do imóvel e o adiantamento de valores para quitação de dívidas pendentes, a vítima descobriu que Thiago não apenas deixou de honrar os compromissos financeiros, como também contraiu novos empréstimos junto ao banco Sicoob, usando a mesma propriedade como garantia. Com uma dívida acumulada de R$ 16 milhões, o esquema impediu a vítima de registrar o imóvel em seu nome, levando-a a recorrer à Justiça para obter a posse, enquanto Thiago mantinha pessoas armadas no local para barrar o acesso.

Ao aprofundar a investigação, a Polícia Civil revelou um esquema ainda mais abrangente, no qual Thiago utilizava “laranjas” para formalizar contratos e tomar novos empréstimos, ocultando sua participação direta nas operações. Os laranjas também foram alvo de buscas, pois atuavam na movimentação dos recursos e na lavagem de dinheiro, gerando um prejuízo estimado de R$ 100 milhões. No total, cinco vítimas principais, além de bancos e credores, foram lesados.

Durante a operação, documentos, dispositivos eletrônicos e registros bancários foram apreendidos, permitindo uma análise mais detalhada das fraudes. Thiago foi preso em flagrante após a apreensão de uma arma de fogo ilegal em sua posse. Uma camionete sob sua responsabilidade, mascarada por um contrato de locação, também foi apreendida, reforçando a investigação por lavagem de dinheiro. A operação contou com apoio da Gerência de Planejamento Operacional, da Delegacia Regional de Porangatu e da Polícia Civil de São Paulo.

Visando localizar outras possíveis vítimas, o nome e a imagem de Thiago foram divulgados com autorização do delegado responsável pelo caso, que reforça a necessidade de conscientizar o público sobre os riscos de esquemas fraudulentos semelhantes.