A cantora, atriz e apresentadora Preta Gil morreu nesta terça-feira (16), aos 50 anos, após quase dois anos de luta contra um câncer no intestino. A informação foi confirmada pela família e pela assessoria de imprensa da artista.

Filha do cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, Preta estava internada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e passou as últimas semanas nos Estados Unidos, onde tentava um tratamento experimental contra a doença. O diagnóstico, um adenocarcinoma no intestino, foi revelado em janeiro de 2023. Desde então, ela passou por cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia.

Preta Gil ficou conhecida por sua autenticidade, irreverência e defesa de causas sociais, como o combate à gordofobia, ao racismo e à homofobia. Também ganhou destaque por sua trajetória artística, que incluiu sete álbuns de estúdio, diversos shows pelo país e participações em novelas e programas de televisão.

Além da carreira artística, Preta também era empresária e produtora de eventos, sendo a idealizadora do “Bloco da Preta”, um dos mais tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro.

A forma transparente e corajosa com que compartilhou sua luta contra o câncer nas redes sociais emocionou o país. Em 2024, foi homenageada com o Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo, e afirmou: “Sei que fiz a escolha certa em dividir com as pessoas as minhas vulnerabilidades e meus sofrimentos. Mas com a cabeça erguida, como sempre foi, desde o começo”.

Preta Gil deixa o filho Francisco Gil, fruto do relacionamento com o ator Otávio Müller, além de um legado marcado por ousadia, representatividade e afeto. O velório será realizado nesta quarta-feira (17), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com cerimônia aberta ao público.