A população da China caiu pelo segundo ano consecutivo em 2023, segundo dados divulgados pelo Departamento de Assuntos Civis do país. O número de habitantes do país chegou a 1,4441 bilhão em 2023, uma queda de 0,45% em relação ao ano anterior.

Essa é a primeira vez que a população da China cai desde 1960, quando o país ainda estava em processo de recuperação da Grande Fome. A queda é resultado de uma combinação de fatores, incluindo o envelhecimento da população, a queda das taxas de natalidade e a migração interna.

O envelhecimento da população é um fenômeno global, mas é particularmente acentuado na China. A expectativa de vida no país é de 77,9 anos, e a população com mais de 65 anos de idade representa atualmente 14,2% do total.

As taxas de natalidade na China também estão em queda. Em 2023, a taxa de natalidade foi de 1,15 filho por mulher, o menor nível da história do país. Essa queda é resultado de uma combinação de fatores, incluindo o aumento do custo de vida, a educação das mulheres e a mudança de valores culturais.

A migração interna também está contribuindo para a queda da população. Nos últimos anos, milhões de chineses têm deixado as áreas rurais para buscar oportunidades nas cidades. Essa migração está levando a um desequilíbrio demográfico entre as áreas rurais e urbanas.

A queda da população da China tem implicações significativas para o país. A população em idade ativa, que é a população que trabalha e sustenta a economia, está diminuindo. Isso pode levar a uma redução da produtividade e do crescimento econômico.

Além disso, a queda da população pode aumentar a pressão sobre os sistemas de saúde e previdência social. O país precisará encontrar maneiras de atender às necessidades de uma população cada vez mais idosa.

O governo chinês está tomando medidas para tentar conter a queda da população. Em 2021, o governo aboliu a política do filho único, que vigorava há mais de 35 anos. No entanto, ainda é cedo para dizer se essas medidas terão sucesso.