Parceria entre Agrodefesa, Seapa e Senar Goiás capacita técnicos de campo para levar informações sanitárias a agroindústrias familiares
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) deram início, nesta segunda-feira (29/01), a uma série de treinamentos com foco na capacitação de técnicos de campo do Senar Goiás que atendem pequenas agroindústrias, sobretudo da agricultura familiar. A ação, que une as áreas de Inspeção e de Educação Sanitária da Agência, está alinhada à iniciativa do Governo de Goiás em fomentar as pequenas agroindústrias rurais no Estado, como forma de promover o desenvolvimento regional e a inclusão produtiva.
“A ação reforça o compromisso da Agrodefesa e do Governo de Goiás em simplificar os processos para o produtor, do ponto de vista sanitário, ao mesmo tempo em que dá novas oportunidades para que essas possibilidades sejam alavancadas em todo o território, propiciando o desenvolvimento e a inclusão produtiva em diferentes regiões”, explica o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
A capacitação busca levar informações sobre aspectos sanitários ligados à agroindústria de maneira a fazer desses técnicos mobilizadores e facilitadores para o desenvolvimento desse tipo de produção no campo.
“São os técnicos de campo os grandes articuladores e executores principais das nossas políticas públicas”, ressalta o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende. “No caso dos agricultores familiares, eles têm características muito particulares e são os técnicos de campo que lidam com a assistência técnica rural que têm como papel decodificar essa mensagem. O Senar Goiás terá papel fundamental nesse trabalho”, complementa.
O presidente do Sistema Faeg/Senar/Ifag/Sindicatos Rurais, José Mário Schreiner, que também esteve presente no evento, acrescenta que a partir do incremento dessa preparação dos técnicos para fomentar as agroindústrias haverá ganhos para o produtor em vários aspectos. “O pequeno produtor, às vezes, tem muita dificuldade de produzir e atender aos requisitos exigidos pela legislação. A gente tem que pensar em romper essas barreiras e mudar a forma de falar e de fazer. Não é abrir mão do zelo e da qualidade dos nossos produtos, mas desburocratizar o processo”, considera José Mário. “Com essa movimentação podemos dar condições dessas famílias não apenas produzir, mas de agregar valor à produção.”
Contribuição técnica e novos horizontes
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Augusto Amaral, deu exemplos de diversas iniciativas que podem ser feitas através do técnico de campo, quer seja na educação sanitária ou no atendimento a esses produtores do ponto de vista da inspeção, para o fortalecimento dessas agroindústrias. “Temos desde orientação quanto ao acesso a financiamentos, capacitação e assistência técnica, promoção de inovações e tecnologias, estímulo à comercialização e acesso a mercados, até questões que envolvem infraestrutura e logística, incentivos fiscais e políticas públicas”, lista Augusto. “No caso da comercialização, por exemplo, muitos desses produtores já fazem as suas vendas, mas estão distantes da regularidade. E é essa distância que a gente que encurtar, porque ganham todos, Estado, município e sociedade.”
A gerente de Educação Sanitária da Agrodefesa, Telma Gonzaga, colocou a Gerência à disposição dos técnicos e ressaltou a importância do tema sobretudo no processo de registro das agroindústrias. “A essa comunidade das agroindústrias podemos oferecer informação e orientação que vão desde projetos e documentos, registro de estabelecimentos, trânsito de produtos e subprodutos até a rotulagem”, reforça.
Completando a dinâmica do dia, o gerente de Inspeção da Agrodefesa, Paulo Viana, partiu para um momento de interação junto aos técnicos presentes levantando temas pertinentes à atuação junto a essas pequenas agroindústrias, a exemplo dos consórcios do SIM [Selo de Inspeção Municipal], fiscalização de agrotóxicos e sua relação com abelhas, aspectos técnicos sobre estruturação do ponto de vista da inspeção, entre outros. “A partir desse levantamento podemos trabalhar em grupos, divididos segundo as cadeias que lidam diretamente com essas agroindústrias, e melhor orientar os técnicos para uma atuação assertiva que vai propiciar o desenvolvimento do setor’, finaliza.
O superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges, ressaltou a presença das diferentes cadeias produtivas no treinamento, que incluíam desde apicultura, passando por avicultura, processamento de carnes e derivados, leite e derivados, até pescados e outros. “Nas próximas semanas já teremos mais sessenta novos técnicos que irão a campo e a ideia é de que a partir do encontro de hoje a gente comece a segmentar os próximos encontros por cadeias”, incrementa.