“O trabalho dos nossos agentes é de orientação nas portas das casas, com as famílias, para que as famílias possam ajudar na prevenção e no combate à dengue. O ponto mais importante é a conscientização do cidadão, o descarte do lixo no local correto. Nós temos vários ecopontos espalhados por Goiânia. É importante que o cidadão procure o ecoponto da sua região e colabore com a Prefeitura para que o descarte seja feito corretamente”, afirmou o prefeito Rogério.
Durante a coletiva de imprensa, o prefeito falou ainda das iniciativas desenvolvidas pelo município para o combate ao mosquito Aedes aegypti, como a instalação de armadilhas. “Nós implantamos no início de 2022 mais três mil armadilhas. O resultado foi muito positivo, com uma redução em mais de 40% dos casos de dengue. Estamos trabalhando agora para atingirmos até 11 mil armadilhas espalhadas em toda a cidade de Goiânia”, pontuou.
O prefeito também recordou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contratou recentemente 60 médicos para reforçar as equipes e expandiu os atendimentos para suspeitas de dengue para as 75 unidades de atenção primária da cidade. “Nós não estamos ainda em uma situação de emergência, ainda estamos no alerta amarelo. Muito devido ao trabalho que realizamos lá atrás, mas é preciso conscientização”.
O prefeito Rogério afirmou que o município está trabalhando na remoção de entulhos espalhados por toda a cidade, mas que as fortes chuvas que atingem todo o país são um desafio. “A chuva tem caído intensamente em todo o Brasil, então temos a questão do mato alto. Nós estamos trabalhando na questão dos lotes baldios por meio da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), que fiscaliza e notifica os proprietários de imóveis”.
O diretor de vigilância em Zoonoses, Murilo Reis, explica que os agentes de endemias estão trabalhando em conjunto com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e a Amma em toda a cidade. “Nesse mutirão nós estamos orientando a população que faça a limpeza do seu quintal, assim como a Amma tem realizado a fiscalização e a Comurg está intensificando a limpeza dos lotes baldios, onde muitas vezes tem entulhos que servem de criadouros do mosquito”, explica.
Ainda segundo o diretor, a prefeitura fez um mapa e calor dos pontos em que existem um número maior de casos de dengue. Nesses locais, são implantadas armadilhas, além de outras medidas para reduzir a presença do Aedes Aegypt. “Nós temos as nossas equipes de pulverização de inseticida. Os agentes das equipes de bloqueio fazem essa pulverização de inseticida, matando o mosquito adulto, interrompendo o ciclo do vírus”, disse.
Força-Tarefa
A força-tarefa visa fortalecer o combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, o Aedes Aegypti. Ao todo, 40 servidores que atuam na Vigilância em Zoonoses participam da ação. São realizadas visitas domiciliares, eliminação de focos, tratamento de reservatórios de água e pulverização de inseticidas, bloqueando os casos positivos para dengue.
Além disso, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) realiza a coleta de entulhos e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) trabalha na desobstrução de bocas de lobo. Por sua vez, fiscais da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) vão vistoriar lotes baldios da região.
Além das armadilhas, a prefeitura também está utilizando a tecnologia como arma contra a doença. Murilo Reis lembra que o aplicativo Goiânia Contra o Aedes está disponível para que a população possa fazer denúncias sobre focos do mosquito. “A denúncia vai para os distritos de forma automática e os agentes verificam o local em até 48 horas. É importante que a população cuide da sua própria casa, mas também ficar de olho na vizinhança, em pessoas que podem não ter o mesmo cuidado. Nós estamos fazendo um alerta para que a população possa contribuir no combate ao mosquito”.
Visitas
O prefeito Rogério acompanhou a primeira visita dos agentes de endemias dentro da força-tarefa, na casa do senhor Deoclécio Duarte, de 74 anos, morador da Avenida Itaberaí, na Vila São Judas Tadeu. “É muito importante receber os agentes, atender as orientações. É preciso cuidar, limpar a nossa casa”, disse ao recordar que contraiu a doença e que, devido a situação frágil de saúde, acabou com complicações.
Ana Luiza é agente de endemias e visita a casa do senhor Deoclécio a cada dois meses. Ela relata que nunca encontrou um foco do mosquito na residência. “Em toda casa que a gente passa orienta, passa informações, explica que não pode tomar medicamentos com vasodilatadores. E, principalmente, que não pode deixar água parada. É preciso olhar o quintal pelo menos uma vez na semana. São dez minutos que fazem a diferença”, afirmou.