Quaresma: pesquisa do Procon Goiás aponta variação de até 225% em preços dos pescados
A venda de peixes tende a aumentar durante a quaresma, período em que os cristãos católicos tradicionalmente evitam o consumo de carne vermelha. Para orientar o consumidor quanto aos preços e cuidados na hora da compra, equipes do Procon Goiás foram às ruas de Goiânia entre os dias 19 e 26 de fevereiro para realizar pesquisa comparativa de valores cobrados por peixes de água salgada, doce e frutos do mar. Entre peixarias e supermercados, foram visitados 22 estabelecimentos da capital, levantando preços de 52 itens de diferentes marcas e tamanhos. A pesquisa completa, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.
A maior variação encontrada foi de quase 225% e ocorreu no pacote de 500 gramas do filé de merluza, comercializado de R$ 14,99 a R$ 48,69. Outra diferença considerável, de 145%, foi no preço da sardinha inteira, que tem sido vendida de R$ 10,98 a R$ 26,99. Peixe comum na mesa dos brasileiros, o piau foi encontrado pelos pesquisadores do Procon Goiás de R$ 16 a R$ 32,90, oscilação de mais de 105%. O quilo do lambari apresentou variação de pouco mais de 70% de um estabelecimento ao outro, sendo vendido entre R$ 35 e R$ 59,75.
Variação de 2023 a 2024
A pesquisa do Procon Goiás também apontou a variação anual média dos itens. No caso do filé de tilápia fresca, por exemplo, os preços tiveram aumento de mais de 80%. Ano passado, o produto era comercializado em média por R$ 37,45. Este ano, o preço médio é de R$ 67,99. O quilo do peixe pintado teve aumento anual de mais de 55%, já que em 2023 custava em média R$ 24,95 e este ano custa R$ 38,90. Mas, segundo a pesquisa, também houve quedas no preço médio. É o caso do tucunaré congelado (-26,24%), que ano passado era comercializado em média por R$ 42,69 e este ano por R$ 31,49.
Na hora da compra
A pesquisa divulgada pelo Procon Goiás dá uma noção dos preços médios praticados. De modo geral, de acordo com o levantamento, algumas espécies de peixes e frutos do mar ora estão mais baratos nas peixarias e ora estão mais em conta nos supermercados. Portanto, ficar atento a promoções dos estabelecimentos e pesquisar continua sendo a principal ferramenta do consumidor.
Além disso, o consumidor deve estar bastante atento em relação às condições de armazenamento e higiene dos produtos e do local. É necessário verificar se tem selos de inspeção e prazo de validade. Os produtos congelados devem ser conservados sempre a temperaturas inferiores a -18ºC e resfriados abaixo de 0ºC. O consumidor pode checar se há presença de água ou piso úmido próximo ao freezer, pois isso pode ser um indicativo de que o balcão foi desligado ou teve a temperatura reduzida, prejudicando a qualidade do pescado.
A aparência do pescado também deve ser verificada. Pressione os dedos para constatar a firmeza da barriga do peixe e veja se os olhos estão brilhantes. Bacalhau e outros peixes secos não devem apresentar manchas vermelhas ou pintas pretas, o que pode indicar presença de bactérias.
Por fim, o consumidor deve estar atento, pois os comerciantes são obrigados a cumprir as ofertas apresentadas em anúncios ou folhetos publicitários. Na hora de registrar o produto no caixa, observe se o preço equivale à oferta divulgada.