*Exposição fotográfica apresenta novo olhar sobre a cidade de Goiás, a partir de sua ‘margem’*
A população goiana poderá contemplar a exposição fotográfica A Margem é o Caminho do Expurgo, do artista Júlio Abreu, até o final do mês de maio. A série com mais de trinta fotografias em preto e branco da cidade de Goiás materializa certa subjetividade dos anos que morou e estudou na antiga capital goiana. Com entrada gratuita e com acessibilidade (textos descritivos e Libras), a mostra estará aberta na Sala de Vidro do Centro Cultural UFG, em Goiânia, de terça a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas.
Em processos de estudo e experimentação artística, Júlio Abreu documentou a paisagem histórica da cidade com ares bucólicos, em um cenário imaculado, presa entre um tempo que foi e um tempo que está por vir.
O projeto, que foi aprovado no Edital de Artes Visuais do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, de 2023, e na Lei Paulo Gustavo do município de Goiânia, é uma revisita e uma homenagem à cidade de Goiás, que nas ambivalências de sua tradição cultural evoca sentimentos diversos ao público comum, quanto aos artistas que perpassam por ela.
Produção
A série de registros foi realizada entre os anos de 2017 e 2018, durante períodos de verão chuvoso na cidade, sempre na fração de alguns minutos antes do nascer do sol e antes das luzes dos postes coloniais se apagarem, muitas vezes com o chão ainda molhado pela passagem da chuva ou mesmo pelo orvalho da madrugada. O resultado imprimiu nas lentes um lugar onírico, quase inabitado, de luzes noturnas acesas, mas também de céu claro.
O atual circuito das obras físicas de ‘A Margem é o Caminho do Expurgo’ encerra-se em 29 de maio de 2024, no Centro Cultural UFG, e apenas o catálogo virtual com as 30 fotografias do catálogo permanecerá disponível online até o mês de julho de 2024 no novo site do Museu da Memória de Goiás (museudamemoriadegoyaz.net).
Artista
Nascido em Mato-grosso e criado nos interiores de Goiás, na adolescência Júlio César encontrou a fotografia não só como ferramenta de expressão, mas também fonte de trabalho, inevitavelmente se conectando com diversas outras formas de arte. Na cidade de Goiás, em formação no curso de Cinema e Audiovisual, teve a oportunidade de ampliar todo tipo de experimentação, não só fotografando, mas escrevendo e produzindo trabalhos em novos formatos, ficcionais e documentais. Hoje, em Goiânia, muito mais próximo do ‘fazer’ de um produtor cultural, à frente da Nativo Filmes, o artista segue desenvolvendo projetos audiovisuais, sempre com a essência do olhar fotográfico.