Igreja do Nosso Senhor do Bonfim em Silvânia é restaurada

A Igreja bicentenária do Nosso Senhor do Bonfim, da cidade de Silvânia, passa por serviços de restauração. As obras tiveram início na segunda quinzena de setembro e a previsão é que os trabalhos sejam concluídos em 14 meses. O investimento do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), é de R$ 2,2 milhões.

As obras compreendem serviços de arqueologia, restauração do altar-mor, revisão das coberturas, forros, pisos, telhado, revestimentos de paredes, elementos de madeira (janelas, portas e esteios), sistemas elétricos e de dados, instalações hidrossanitárias, plantio de grama e museografia. Em execução estão a montagem de canteiro, instalação de tapumes, retirada das imagens e acervos da igreja, reparos no telhado e início da prospecção da parte de restauração.

A titular da pasta, Yara Nunes, destaca que o santuário do Nosso Senhor do Bonfim é a quarta igreja que integra o Projeto Fé, Religiosidade e Devoção do Governo de Goiás, que tem o objetivo de restaurar dez igrejas em sete municípios. “Já foi feita a restauração da Igreja Nossa Senhora Aparecida, no povoado de Areias, e estão em curso as obras da Catedral de Sant’ana e da Igreja de São João Batista do Arraial de Ferreiro, na cidade de Goiás. O investimento total é de mais de R$ 17 milhões”, detalha Yara Nunes.

Herança histórica
A igreja do Nosso Senhor do Bonfim tem arquitetura colonial e foi construída no sistema de gaiolas. Possui altares em estilo neoclássico. Até 1846, eram feitos sepultamentos dentro da igreja. Após essa data, devido à interdição da vigilância sanitária da época, por causa da ocorrência de pestes, a igreja adquiriu um terreno para o cemitério.

Uma das histórias mais curiosas do templo é que sob as paredes de adobe e pau-a-pique do prédio restaria o maior e mais rico veio de ouro, esquecido em volta de diversas outras lavras exauridas e abandonadas na época da mineração.

Em 1782, foi edificada a primeira igreja do Arraial do Bonfim, atual Silvânia, sobre o próprio “veio do ouro” (camada que pode ser explorada; filão), na qual foi colocada a imagem de Nosso Senhor do Bonfim, trazida da Bahia.