‘Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras’ chega aos cinemas no dia 11 de dezembro

Com distribuição da Autoral Filmes, filme convida a refletir sobre a obra multifacetada do pintor norueguês, autor do quadro ‘O Grito’

A sociedade moderna tem uma enorme dívida com o pintor Edvard Munch: de Andy Warhol a Ingmar Bergman, de Marina Abramovic a Jasper Johns. Suas pinturas se tornaram símbolos, mas também um sinal das tragédias do século XX.

O documentário italiano “Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras” (“Munch: Love, Ghosts and Lady Vampires”), de Michele Mally (de “Klimt & Schiele – Eros e Psique”), lança uma nova luz sobre o artista norueguês Edvard Munch (1863-1944). Com previsão de lançamento para o dia 11 de dezembro de 2025, o longa parte em busca das raízes e da identidade do pintor e nos convida a refletir sobre o tema central da obra do artista: sua ideia de “tempo”. O filme tem distribuição da Autoral Filmes.

Nenhum artista no mundo é ao mesmo tempo tão famoso e tão desconhecido quanto Edvard Munch. Se o seu “O Grito” se tornou um ícone de nossa época, o restante de sua obra não alcançou a mesma notoriedade. Agora, porém, a capital norueguesa Oslo marca um ponto de virada no conhecimento sobre o artista: o museu MUNCH, inaugurado em outubro de 2021, é um espetacular arranha-céu projetado para abrigar o imenso legado que o artista deixou à sua cidade: 28 mil obras de arte, incluindo pinturas, gravuras, desenhos, cadernos, esboços, fotografias e seus experimentos com cinema.

O documentário “Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras” busca lançar uma nova luz sobre Edvard Munch — um homem profundamente misterioso e fascinante, um precursor e mestre para todos que vieram depois dele. Munch escreveu: “Não pinto o que vejo, mas o que vi.” E, de fato, ele repetia seus temas, pintando e repintando as mesmas imagens e guardando-as em seu ateliê, lançando as bases para a produção dos múltiplos.

Seu conceito pessoal de “tempo” se reflete em um equilíbrio delicado e original entre passado e presente — uma ferramenta para viver a própria existência, uma ponte entre as dimensões do universo, permitindo o contato com o mundo dos fantasmas e espíritos.

“Munch” começa na casa de Edvard Munch em Åsgårdstrand. Numa noite de inverno, diante da lareira, uma jovem — a atriz Ingrid Bolsø Berdal (“A Espiã”), que nos guia nessa jornada — lê para as crianças um conto popular norueguês. É o mundo do Grande Norte, onde os ventos falam, ursos carregam meninas em suas costas e trolls lançam feitiços. As crianças escutam encantadas, enquanto a neve cai e uma música distante aquece o coração.

A produção reúne depoimentos de artistas, curadores e historiadores da arte, como Jon-Ove Steihaug (chefe de exposições e coleções do MUNCH em Oslo), Giulia Bartrum (curadora do British Museum por décadas) e Frode Sandvik (curador do Kode, em Bergen), que analisam os temas, as obsessões, mas também as habilidades técnicas e os diversos meios que o artista utilizou.

A pesquisa de Munch sobre a alma humana, sua tentativa de traduzir emoções em tela ou papel, foi acompanhada por técnicas experimentais — o que torna suas obras, como explica a restauradora Linn Solheim, extremamente frágeis hoje.

Na tela, visitamos os lugares queridos por Munch: as florestas e praias de Åsgårdstrand; Vågå, com as montanhas de seus ancestrais paternos; a casa de pescadores em Warnemünde, na Alemanha; e a propriedade de Ekely, perto de Oslo, onde viveu os últimos trinta anos, sozinho com seu cavalo Rousseau e seus cães, ocasionalmente visitado por jovens modelos. Lá, voltava repetidamente aos mesmos temas, numa espécie de repetição compulsiva.

Nos autorretratos da velhice de Munch, seus olhos refletem a história do início do século XX, as vibrações do éter das novas descobertas científicas eletromagnéticas e as ambíguas relações de amor e dor que marcaram sua vida.

Ainda assim — como sugerem os historiadores da arte Elio Grazioli e Øivind Lorentz Storm Bjerke —, é justamente nessa repetição contínua e nos experimentos visuais com filme e fotografia que encontramos a chave para entrar no Tempo de Munch. O que permanece é uma busca por salvação, uma abertura para os espíritos, para os fantasmas que nos cercam, “com moléculas leves e intangíveis”

Serviço

“Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras” (“Munch: Love, Ghosts and Lady Vampires”), de Michele Mally

Estreia nos cinemas brasileiros dia 11 de dezembro de 2025

País: Itália | Gênero: Documentário biográfico | Duração: 90min

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Praças de exibição: @autoral_filmes

Sinopse

Nenhum artista no mundo é mais famoso e, ao mesmo tempo, menos conhecido do que Edvard Munch. Se seu “O Grito” se tornou um ícone de nossa época, o restante de sua obra não é tão famoso. Agora, Oslo, capital da Noruega, marca um ponto de virada em nosso conhecimento sobre o artista: o Museu MUNCH, inaugurado em outubro de 2021. Trata-se de um arranha-céu espetacular projetado para abrigar o imenso legado que o artista deixou para sua cidade: 28.000 obras de arte, incluindo pinturas, gravuras, desenhos, cadernos, esboços, fotografias e seus experimentos com cinema. Esse legado extraordinário nos proporciona uma visão excepcional da mente, das paixões e da arte desse gênio do Norte. Narrado por Ingrid Bolsø Berdal.

Sobre a Autoral Filmes

A Autoral Filmes, fundada no início de 2025, teve sua origem através dos sócios do Paradigma Cine Arte, Felipe Didoné e sua mãe, Marize Didoné, que desde 2010 mantém a sala de cinema que é uma instituição cultural em Florianópolis (SC).

A Distribuidora vem do desejo dos sócios de ampliar as atividades no mercado do cinema, replicando na distribuição o mesmo conceito de filmes independentes e de arte que formam seu conceito na exibição.

Como seu nome deixa claro, a Autoral Filmes terá seu foco no cinema de autor e em documentários de arte, focando em produções escolhidas a dedo, tanto nacionais como estrangeiras, prezando sempre a alta qualidade dos filmes.

Para Felipe Didoné, diretor da distribuidora, “a Autoral Filmes é a realização de um sonho, de expandir os horizontes para além da distribuição, mantendo a curadoria elegante que sempre foi o diferencial do Paradigma Cine Arte”.