Pedidos de recuperação judicial crescem em 59,6%

O número de empresas que decretaram recuperação judicial voltou a crescer no país. De acordo com o Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian, até o mês de agosto deste ano foram 830 requisições, das quais 662 foram deferidas, apontando um aumento de 59,6% nos oito primeiros meses em comparação com o mesmo período do ano passado.

Livraria Saraiva pede falência

Um exemplo claro é da rede de livrarias Saraiva que decretou falência após cinco anos em recuperação judicial encerrando 109 anos de história. O pedido, foi protocolado na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.

De acordo com o advogado Mestre em Direito Constitucional Econômico, e sócio do Brasil e Silveira advogados, Rafael Brasil, quando a falência é decretada, todos os ativos da empresa são entregues ao administrador judicial.
“O mais comum é que os credores peçam a falência da empresa. Isso porque ter a decretação da falência é um golpe muito duro para a empresa, ela não quer encerrar suas atividades, além de ter consequências para o empresário” disse.
Outro exemplo recente é da 123 Milhas que também entrou com pedido de recuperação judicial. O valor da causa foi estimado em R$ 2,3 bilhões de reais.
Vale lembrar ainda da Livraria Cultura que teve falência decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por descumprimento do plano de recuperação judicial. Porém, diferente da livraria Saraiva, a Cultura conseguiu uma liminar suspendendo a sentença, o que resultou na autorização das duas lojas, que ficam na cidade de São Paulo e em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, além das plataformas online.