Pesquisa fomentada pela Fapeg avalia conservação de lagos em Goiânia
Estudo avalia qualidade da água e biodiversidade em 14 lagos da capital, contribuindo para a preservação dos ecossistemas urbanos e orientando políticas públicas
O Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), está financiando uma pesquisa para avaliar a qualidade da água e a conservação dos lagos urbanos em Goiânia. A pesquisa, conduzida por uma equipe da Universidade Federal de Goiás (UFG), visa gerar dados científicos sobre a integridade ambiental dos lagos, crucial para a preservação e melhoria desses ecossistemas urbanos.
Sob a coordenação da professora Carla Bortolini, do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, o estudo está focado em 14 lagos situados em parques da capital. A equipe analisa a biodiversidade presente, registra a distribuição de espécies e examina as associações entre a qualidade da água e o nível de urbanização nas áreas adjacentes. Essas informações servirão como base para a criação de um banco de dados, que auxiliará gestores ambientais na tomada de decisões sobre o manejo e a conservação desses ecossistemas.
O projeto recebe apoio financeiro da Fapeg por meio do Programa de Auxílio à Pesquisa Científica e Tecnológica. Esse fomento possibilita a realização de pesquisas de campo, a aquisição de equipamentos e materiais necessários para as análises, garantindo a excelência científica do estudo. Além disso, o edital promove a formação de recursos humanos, proporcionando oportunidades de desenvolvimento para estudantes de graduação e pós-graduação.
Carla Bortolini destaca que o financiamento da Fapeg não só viabiliza o estudo, mas também fortalece a pesquisa científica em Goiás, com potencial para influenciar políticas públicas e estratégias de conservação. “Esse apoio representa uma oportunidade de realizar um trabalho de alta relevância e impacto, contribuindo significativamente para a conservação da biodiversidade dos lagos e parques urbanos na capital”, afirma a pesquisadora.
A pesquisa também possui um componente de conscientização pública, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da conservação dos ecossistemas urbanos. Por meio de programas educativos, pretende-se promover uma cultura de sustentabilidade e responsabilidade ambiental entre os cidadãos, destacando os benefícios que os lagos urbanos trazem para a qualidade de vida na cidade.
Até o momento, os resultados do projeto têm revelado a riqueza da biodiversidade nos lagos urbanos de Goiânia. Mais de 200 espécies de microalgas, 70 espécies de pequenos animais aquáticos e 41 espécies de plantas aquáticas foram identificadas, evidenciando a importância desses ecossistemas. Além disso, a pesquisa tem mostrado variações significativas na qualidade da água dos lagos, refletindo o nível de urbanização das áreas circundantes.
Os dados iniciais já começaram a ser divulgados em congressos especializados, despertando o interesse da comunidade científica nacional. O projeto, que teve início em maio de 2023 e está previsto para ser concluído em maio de 2025, continua a gerar conhecimentos essenciais para a conservação dos ecossistemas urbanos em Goiânia, com potencial para influenciar positivamente a gestão ambiental na cidade.