Gustavo Veiga e Carlos Brandão fazem shows de 50 anos de carreira

GRATUITO: SEX, SAB e DOM (21 a 23/3 e 26/3) – Olhos D’Água, Pirenópolis, Goiás e Goiânia

Acompanham os artistas, músicos reconhecidos mundialmente como Jaime Alem e João Carlos Coutinho.

O espetáculo “Os Dois: Um Tributo à Obra de Gustavo Veiga e Carlos Brandão” chega a Olhos D´Água nesta 6ª feira, 21/3, 20h, no Espaço Cultural NACO – Núcleo de Artes Centro Oeste.

A agenda de apresentações ainda inclui Pirenópolis, no sábado, 22/3, 20h, no Teatro Sebastião de Pompeu de Pina, e Cidade de Goiás, no domingo, 23/3, às 11h, no Cine Teatro São Joaquim. O encerramento será na capital, no Teatro Goiânia, na 4ª feira, 26 de março, às 20h. O projeto conta com o patrocínio da Equatorial Energia, por meio do Programa Goyazes 2024, da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de Goiás. A turnê tem a realização da Lúdica Produções, de Marci Dornelas.

Todos os ingressos são gratuitos e podem ser retirados nos locais dos eventos. Também será realizada uma ação solidária, em que o público é convidado a doar 1 kg de alimento não perecível. As doações serão encaminhadas para a OVG – Organização das Voluntárias de Goiás.

UM CONJUNTO DE VIRTUOSES

A turnê “Os Dois” segue o formato de homenagem e celebração das carreiras de Carlos Brandão e Gustavo Veiga, reafirmando suas contribuições para a música brasileira e para a cultura goiana. Com mais de 50 (cinquenta) anos atuando na cena musical nacional, Carlos Brandão é compositor, cantor e jornalista e já compôs cerca de 500 músicas. Gustavo Veiga é compositor e tem mais de 200 músicas gravadas por artistas diversos.

Já o grupo musical que acompanha os dois homenageados também é considerada uma atração irretocável, já que participam como convidados músicos altamente gabaritados, como:

– Jaime Alem, maestro, compositor, instrumentista, arranjador e violonista, que estudou harmonia e composição com o maestro Guerra-Peixe e por 28 anos foi diretor musical dos espetáculos de Maria Bethânia.

– João Carlos Coutinho, pianista, compositor e arranjador paulista parceiro profissional de Jaime Alem, que tocou e gravou com artistas como Tom Jobim e Durval Ferreira, um dos pioneiros da Bossa Nova, Dominguinhos, Luciano Pavarotti, Emílio Santiago, João Nogueira, Cauby Peixoto, Gilberto Gil, Altay Veloso, Leila Pinheiro, Baby Consuelo, Simone, Beth Carvalho, Olívia Hime, Maria Bethânia. Na TV, além de trilhas sonoras, atua como arranjador no programa “ The Voice”, da Rede Globo.

– Gidesmi Alves, violoncelista que atua na Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (DF) e já participou como arranjador e violoncelista em CDs, DVDs e shows com artistas e compositores como Xangai, Elomar, Milton Nascimento, Amilton de Holanda, Ivan Lins, Guilherme Arantes e Pedro Mariano.

– Olemir Cândido(guitarra e violões), que atua na música e na publicidade goiana desde 1986.

– Ektóm Silva (percuteria), músico e pesquisador rítmico, polirritmista, multi-instrumentista (instrumentos rítmicos), produtor musical, diretor artístico e compositor, que já atuou por mais de dez anos com duplas como Bruno e Marrone, e Jorge e Mateus, além de ter tocado com os maestros como Tato Fischer, Jon Gold, Toninho Horta, Ba-Mamur, Bororó e Ricardo Leão.

PRESERVAÇAO E MEMÓRIA: 50 anos de história na música goiana e brasileira

A preservação da memória cultural de um estado é fundamental para a identidade e a continuidade das tradições que moldam a história de uma região. No Brasil, a música tem papel central nesse processo, sendo um dos principais elementos que registram e perpetuam os valores culturais de cada localidade.

Músicos que atuam há mais de 50 anos compondo e interpretando suas próprias canções acumulam um repertório que reflete não apenas suas trajetórias individuais, mas também as transformações sociais, políticas e econômicas que atravessaram ao longo das décadas. Seus trabalhos tornam-se testemunhos sonoros de épocas distintas e ajudam a contar a história de um estado por meio da arte.

A valorização desse legado passa pela preservação de suas obras em acervos públicos e privados, pela digitalização de materiais históricos e pela difusão de suas músicas. Além disso, políticas públicas voltadas à cultura são essenciais para garantir que novas gerações possam conhecer e estudar essas produções, assegurando que a herança cultural não se perca com o tempo.

A turnê “Os Dois” não apenas divulga as composições desses autores, como também permite que o público tenha contato direto com esses artistas.

DOCUMENTÁRIO de vida e obra de Carlos e Gustavo

A cineasta Ana Aquino vai cobrir os cinco shows da turnê, para captar imagens que possam ajudar a concluir o documentário “Os dois: a vida e a música de Gustavo Veiga e Carlos Brandão”.

Sobre esse trabalho, Ana afirma: “A produção de um documentário sobre os dois músicos desempenha um papel vital na preservação, celebração e promoção da cultura musical do Brasil, proporcionando uma plataforma valiosa para registrar a história e o legado de músicos que desempenharam papéis essenciais na evolução da MPB goiana”. E completa: “Além disso, as histórias de vida e carreira desses músicos, ao serem compartilhadas por meio dessas produções, têm o poder de inspirar novas gerações de artistas”.

OS DOIS

História e da discografia de Gustavo Veiga

Nascido na Cidade de Goiás, Gustavo Veiga lançou seus primeiros discos na década de 1980. Seu legado musical é imortalizado pela canção “De Dois”, uma das maiores jóias da música feita em Goiás, consagrada como a melhor música já produzida no estado, de acordo com uma votação realizada pelo jornal Diário da Manhã.

Ainda nos anos 1980, Gustavo Veiga lançou dois compactos de vinil, e a década marcou o sucesso de músicas como “Outro Final” e “Sério Mistério” em seu segundo disco. Com isso, ele conquistou seu lugar de destaque, compartilhando o palco com renomados artistas como Almir Sater, Tetê Espíndola e Elizeth Cardoso. Sua parceria com Emílio Santiago o levou a uma turnê por diversos estados brasileiros como atração do Projeto Pixinguinha.

Na década de 1990, Gustavo Veiga lançou seu primeiro CD intitulado “Caravana”, produzido por Denio de Paula, que rapidamente se tornou um clássico. O álbum apresenta canções que demonstram sua maestria em parceria com seu parceiro constante, Carlos Brandão. Entre as faixas memoráveis estão “Por isso eu vim”, “Bilhete mal feito”, “Diga pra mamãe” e “Rumo das coisas”.

No início dos anos 2000 viu o lançamento de seu segundo trabalho, “Menino Metido a Valente”, com hits como “Era Primavera”, “Brincando”, “Química”, “Coração Retirante” e “Meu medo”. O terceiro CD, “No meio do mundo”, produzido por Luiz Chaffin, gerou o primeiro DVD da carreira de Gustavo Veiga, intitulado “Caravana”. Este DVD reúne os grandes sucessos da dupla Veiga/Brandão e é um verdadeiro apanhado da história musical dos dois artistas. O DVD trouxe duas importantes participações: João Caetano e Maíra.

Gustavo Veiga não apenas conquistou os palcos, mas também o coração daqueles que apreciam a música genuína e apaixonada. Sua recente incursão no mundo dos videoclipes, com obras como “O RIO” e “NÓS FIÉIS” em parceria com Aviva Produtora e Curadoria de Arte, demonstra seu compromisso contínuo em expandir horizontes e criar experiências musicais memoráveis. Importante frisar que o clipe da música Nós Fiéis, conquistou o primeiro lugar no gênero videoclipe, no festival FICA.

O MULTIARTISTA CARLOS BRANDÃO

Natural de Mossâmedes, Carlos Brandão também possui uma trajetória extensa, com mais de 500 músicas compostas, cerca de 250 músicas gravadas por mais de 70 intérpretes, e muitas como sucesso no mainstream e no underground musical de Goiás.

Sua jornada começou em 1967, quando ingressou profissionalmente na música, celebrando, em 2025, 58 anos de dedicação à arte. Nesse período, uma impressionante coleção de cerca de 500 músicas compostas e 300 músicas gravadas por mais de 70 intérpretes distintos, espalhando-se por diversas regiões do Brasil e alcançando palcos internacionais.

Carlos Brandão não se limitou apenas à sua atuação como músico, pois desempenhou papéis fundamentais na gestão cultural, ocupando cargos como Superintendente de Ação Cultural de Goiás e dirigindo diversos centros culturais em Goiânia. Seu compromisso com o desenvolvimento cultural da região é um legado que merece ser registrado.

A influência duradoura na cena musical goiana é evidente e, para além de sua contribuição musical, Carlos Brandão se destacou como produtor de diversas atividades culturais desde 1980, incluindo o Chorinho, Goiânia Canto de Ouro e o Festival Canta Cerrado. Carlos Brandão é também jornalista e autor de livros. No final de 2024, lançou na Livraria Martins Fontes, na Avenida Paulista, em São Paulo, seu último livro: Eu minto por amor e por amor digo que amo, lançado pela Devir Editora.