Buraco na camada de ozônio está três vezes maior que o Brasil

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártica atingiu cerca de 3 vezes o tamanho do Brasil em meados de setembro. Apesar de alarmante, assim como o gelo marinho cresce e diminui a cada ano, o mesmo acontece no buraco da ozonosfera. Os dados foram recolhidos pelo satélite Copernicus Sentinel-5P da Agência Espacial Europeia (ESA) em 16 de setembro;

As observações mostram que atualmente o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica está com cerca de 26 milhões de quilômetros quadrados, um dos maiores já observados;

O maior buraco na ozonosfera aconteceu em 2000, quando atingiu 28,4 milhões de quilômetros quadrados.

A camada de ozônio está localizada na estratosfera entre 20 e 35 quilômetros de altitude e protege a Terra dos raios ultravioletas do Sol. Nas décadas de 1970 e 1980, o uso de clorofluorcarbonetos em frigoríficos e aerossóis levou ao surgimento de um buraco acima da Antártica.

O protocolo de Montreal, em 1987, baniu o uso desses poluentes, mas o buraco continua lá e a camada de ozônio deve voltar ao que era antes apenas em 2050. Enquanto isso, as mudanças de temperatura e as condições de vento na estratosfera que acontecem anualmente, fazem com que seu tamanho aumente e diminua sazonalmente.