Mia Shem, uma mulher israelense de 21 anos que desapareceu durante o festival de música Tribe of Nova, onde terroristas ceifaram a vida de 260 pessoas, apelou por ajuda em um vídeo divulgado pelos terroristas. Sua mãe implorou aos líderes mundiais que ajudassem na libertação de sua filha.

No clipe de 60 segundos, a primeira filmagem de um refém postada pelo Hamas, Mia revela que passou por uma cirurgia de três horas em Gaza devido a uma lesão no braço, conforme tradução para o hebraico do Jerusalem Post.

A família Shem teria concedido permissão à mídia para usar uma imagem estática do vídeo angustiante.

“Eles estão cuidando de mim, me dando remédios; está tudo bem. Só peço para ser levada para casa o mais rápido possível, para meus pais, para meus irmãos”, disse ela. “Tire-me daqui o mais rápido possível, por favor.”

Na terça-feira, a mãe de Mia, Keren Shem, fez um apelo choroso durante uma conferência de imprensa em Tel Aviv. “Peço aos líderes mundiais que nos devolvam a minha filha no estado em que se encontra hoje, juntamente com os outros reféns”, disse Shem enquanto segurava uma fotografia da sua filha.

“Estou a implorar ao mundo que me devolva o meu bebé”, continuou ela, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter exigido a sua libertação imediata e incondicional.

“É um crime contra a humanidade. Todos nós precisamos acabar com este terror juntos”, acrescentou ela, expressando sua preocupação com sua filha, afirmando: “Eu não sabia se ela estava viva ou morta até que o Hamas divulgou o vídeo chocante. Houve há um boato de que ela foi ferida no ombro ou na perna. Ela foi ferida na mão. Ela parece apavorada. Ela diz o que eles dizem para ela dizer. Estou realmente preocupado com ela. “

As Forças de Defesa de Israel (IDF) denunciaram o vídeo e confirmaram que Shem foi sequestrado pelo Hamas na semana passada. Os militares afirmaram que seus oficiais estão em comunicação contínua com a família dela.

“No vídeo publicado pelo Hamas, eles tentam se retratar como humanos”, disse a IDF em comunicado ao [Nome do Outlet]. “No entanto, eles são uma terrível organização terrorista responsável pelo assassinato e sequestro de bebês, crianças, homens, mulheres e idosos”.

A tia de Shem informou à mídia israelense que a família assistiu ao vídeo do refém e confirmou que era ela, segundo o Jerusalem Post.

“Hoje, [a família] me ligou gritando e me disse que viu Mia em um vídeo no Telegram. Eu a vi e pensei que estava sonhando. Finalmente, vi a menina depois de todo esse tempo”, disse sua tia Galit a repórteres israelenses. “Ela parece magoada e assustada, mas pelo menos está viva.”

Algumas das filmagens de Shem foram gravadas há pelo menos seis dias, de acordo com a análise de metadados do The New York Times.

A mãe conversou pela última vez com a filha um dia antes do ataque surpresa do Hamas no sul de Israel.

“Ela me ligou para dizer que iria a uma festa no sul”, disse Keren Shem, segundo o The Times. “Perguntei a ela onde e ela disse que não tinha certeza.”

Ao saber do ataque violento na manhã seguinte, ela ligou várias vezes para a filha, mas não obteve resposta. Ela não sabia o que lhe tinha acontecido até que as FDI informaram a família que ela tinha sido raptada e levada para Gaza.

A família espera que outros países ajudem a trazer Shem de volta para casa. “Este é um passo muito significativo e queremos a nossa menina de volta”, disse a tia, referindo-se ao vídeo. “Exigimos que os países do mundo livre garantam que ela retorne para nós. Ela estava com seu bom amigo Elya Toledano e não ouvimos nada sobre ele. Queremos saber se ele está bem.”

A IDF afirmou que está “implantando todas as medidas operacionais e de inteligência para o retorno de todos os reféns, incluindo Mia”.

Na segunda-feira, as autoridades israelitas anunciaram que 199 pessoas foram raptadas e mantidas reféns pelo Hamas em Gaza, acrescentando mais 50 indivíduos aos números anteriormente conhecidos. Acredita-se que os americanos estejam entre os cativos, já que pelo menos 13 cidadãos norte-americanos estão desaparecidos. (Com informações New York Post)

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