Saiba o que é o luto prolongado, considerado um transtorno mental pela OMS

A dor da perda é avassaladora, seja pela morte de uma pessoa querida, separação dos pais, divórcio, perda do emprego, mudança de cidade, entre outras situações das quais não se escolheu se despedir.

O processo de luto ocorre de diversas formas. “É importante falar do luto não somente no caso de morte, mas em perdas no geral, e entender que precisamos viver todas as fases desse processo para que a gente consiga passar por ele de forma satisfatória”, afirmou Caio César Pinheiro, psicólogo da Clínica Censo.

Como?

Nesta quarta-feira (19), no Dia Nacional do Luto, é preciso reforçar que o processo tem cinco fases, na ordem: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

Sendo assim, Pinheiro ressalta a importância do apoio profissional, pois só esse acompanhamento permitirá que o processo seja devidamente vivido. O profissional destaca que muitas vezes as pessoas pulam etapas e, com isso, acabam gerando um processo mais prolongado. “A aceitação genuína é muito interessante. Muitas vezes a pessoa pensa que a fase final do processo de luto é a aceitação, quando não é. A psicoterapia é muito interessante para isso, para que a situação não evolua para o luto prolongado. O tempo mais ou menos comum para o processo de luto saudável é de 6 meses”, afirmou o psicólogo.

Luto prolongado

O luto prolongado foi considerado um transtorno mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022. De acordo com a OMS, ele é definido pela incapacidade do indivíduo de restabelecer a vida após uma perda significativa, apresentando sintomas similares aos da depressão e da ansiedade.

Entre os sintomas estão:

– Dificuldade de concentração;

– Sentimento de desvalorização da vida;

– Isolamento social;

– Perda de interesse por atividades diárias.

Em crianças e adolescentes, os sinais podem incluir retraimento, dificuldades de socialização e sentimentos de abandono.