Goiânia entra para o grupo das 10 capitais com metro quadrado mais valorizado, aponta Fipezap

Especialista analisa valorização ocorrida na capital, que historicamente ficava entre as cidades com o preço mais baixo

A última pesquisa FipeZap, divulgada no início do mês pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Portal ZAP Imóveis, mostra os dados de maio e indica que Goiânia foi a capital com maior valorização nos últimos 12 meses, uma alta de 14,20%. Já em relação ao preço médio de venda de imóveis residenciais no último mês, a capital de Goiás passou a figurar no top 10, sendo agora a 10ª capital com o metro quadrado mais valorizado, de R$ 7.496. Esse foi um grande passo para a cidade.

Embora Goiânia tenha tido sempre um potencial de valorização ascendente, por muitos anos, esteve na lanterninha entre as capitais com metro quadrado mais baratos do Brasil, segundo o histórico da pesquisa FipeZap, que acompanha a variação do preço médio de apartamentos prontos em 50 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na Internet. Por exemplo, em novembro de 2019, ela era a 2ª mais barata, com o metro quadrado a R$ 4.211. Só ficava à frente de Campo Grande.

“Goiânia tem se aproximado da realidade de grandes metrópoles, com o crescimento da capital, os setores mais desenvolvidos, próximos aos principais equipamentos, eles se valorizam em função da demanda ser maior do que a oferta. A cidade estava muito abaixo das outras capitais, estamos recuperando preço e com forte tendência de valorização”, explica o sócio-diretor do Grupo URBS, Ricardo Teixeira, que tem 34 anos de atuação no mercado imobiliário.

Ele analisa ainda os fatores que contribuem para essa valorização imobiliária. “Goiânia tem 90 anos, é uma capital muito jovem e tem adensado os principais setores ao redor dos equipamentos já consolidados, como parques e praças. Consequentemente, a oferta no mercado está concentrada em produtos nobres. Na hora que se faz essa média ponderada, o metro quadrado é valorizado”. Ricardo Teixeira pontua também sobre a falta de imóveis que já existe nessas regiões. “Os terrenos nas regiões consolidadas já estão escassos, a necessidade de comprar residências mais antigas para estruturar uma área encarece o futuro lançamento, valorizando ainda mais os imóveis”, destaca.