Goinfra realiza workshop para capacitar engenheiros na aplicação de pavimento rígido em rodovias
Autarquia já conduz a primeira obra rodoviária estadual do com pavimento em concreto. Evento de qualificação é crucial para expansão desse tipo de projeto por todo o estado
A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) realiza, em fevereiro, o I Workshop: Pavimentos de Concreto em Goiás. O encontro, específico para capacitação de engenheiros na aplicação na construção rodoviária, ocorre em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) no próximo dia 29/2, às 8h30, no auditório da autarquia.
Inscrições serão realizadas pelo site da Goinfra a partir do dia 15 de fevereiro. As vagas, ainda em definição de quantidade, serão limitadas.
De acordo o presidente da Goinfra, Lucas Vissotto, a atualização técnica é importante para condução de projetos arrojados de implementação de rodovias com vida útil prolongada, aos moldes do projeto em execução na GO-210, no município de Rio Verde. Temos projetos ambiciosos para desenvolver Goiás. A capacitação é uma etapa crucial para aprimorar a oferta de mão de obra em infraestrutura rodoviária em Goiás”, sublinha.
Mais competitividade
Para Paulo Camillo, presidente da ABCP, a necessidade de investimento em infraestrutura, sobretudo em qualificação, é um consenso na cadeia produtiva do país. Segundo ele, entraves nesse processo é um dos principais fatores que afetam a competitividade do Brasil.
“Em Goiás, nos orgulhamos de seguir alinhados com a agenda de infraestrutura do Estado e poder contribuir com a recuperação das vias com o pavimento de concreto. Além de ser uma solução mais econômica e sustentável, apresenta uma longa durabilidade, que pode ultrapassar 30 anos, e consequentemente a redução dos custos com manutenção”, declara.
Rodovia de concreto em Rio Verde
A obra, entre Rio Verde e Montividiu, é a primeira implantação de rodovia estadual em pavimento rígido no Estado de Goiás. “A rodovia passará por uma transformação inédita em
obra de recuperação isso porque a pista atual será substituída, nos dois sentidos, por via duplicada de concreto rígido, cuja duração é de até 30 anos”, sublinha o presidente.
Segundo Lucas, atualmente, exemplares desse porte fazem parte da malha viária de capitais, como Goiânia e Brasília, principalmente em corredores exclusivos para ônibus (BRTs), viadutos e/ou em locais de tráfego intenso.
Em Goiás, entretanto – e paralelamente ao projeto de Rio Verde -, equipes de engenharia já estudam a possibilidade de aplicação do material em projetos que tiverem equiparação de valores de investimento, dada a superioridade do produto em relação ao asfalto em Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), por exemplo. “A reconfiguração do trecho de Rio Verde é só o início. A capacitação é necessária para que possamos fazer muito mais”, ressalta.