Lula faz bem ao celebrar o fim do imposto para a baixa renda, sua maior promessa

Lula produziu, nesse sentido, uma revolução por meios felizmente pacíficos. Uma revolução que ficará como o grande legado deste seu terceiro mandato

O pronunciamento que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará ao país neste domingo ocorre em um momento de notável convergência entre justiça social e confiança econômica.

A recente sanção presidencial à lei que reformula a tabela do Imposto de Renda representa uma vitória histórica para a população trabalhadora, uma medida de impacto direto e uma demonstração de capacidade de articulação do governo. Sancionada em 26 de novembro, a Lei 15.270/25 é uma iniciativa que venceu antigas resistências e acabou se impondo para ser aprovada por inesperada unanimidade pelo Congresso Nacional.

Essa conquista materializa-se em números concretos: a isenção total para quem aufere até cinco mil reais mensais e os descontos progressivos para rendas de até 7.350 reais vão beneficiar aproximadamente 15,5 milhões de brasileiros, que terão seu poder de compra significativamente ampliado. Para equilibrar o sistema, a lei estabelece, de forma inédita, uma tributação gradual para os contribuintes de alta renda, aqueles que recebem a partir de 600 mil reais anuais, afetando cerca de 140 mil pessoas.

Vale sublinhar: a ação de Lula inverte, pela primeira vez, a lógica secular de um sistema tributário cruel que beneficia milionários e escraviza os trabalhadores, produzindo miséria entre os que mais se esforçam enquanto incentiva os privilégios de uma casta frequentemente ociosa.

Lula produziu, nesse sentido, uma revolução por meios felizmente pacíficos. Uma revolução que ficará, na ideia e no número, como o grande legado deste seu terceiro mandato.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que a nova legislação torna o sistema “mais simples, mais progressivo e alinhado à capacidade contributiva de cada grupo”.

Esse cenário de virada social é respaldado por um ambiente macroeconômico pujante, simbolizado pela performance excepcional da bolsa de valores. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, tem atingido sucessivos recordes históricos, fechando o mês de novembro acima da marca de 159 mil pontos, com uma valorização de 32,25% no ano. O desempenho notável é termômetro claro da confiança de investidores nacionais e estrangeiros na economia brasileira. Analistas atribuem o otimismo à solidez dos fundamentos econômicos do país.

A confiança refletida nos números da bolsa encontra eco no dia a dia dos brasileiros. O mercado de trabalho vive seu melhor momento, de pleno emprego. A taxa de desocupação é de 5,4%, nível mais baixo desde o início da série histórica, em 2012.

Um dos pilares da retomada foi a reconstrução de programas sociais essenciais. Nos primeiros 100 dias de governo, o Bolsa Família foi restabelecido com um valor mínimo de R$ 600, complementado por um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos, beneficiando 21,1 milhões de famílias com um valor médio de R$ 670,33, o maior da história do programa. Paralelamente, o reajuste médio de 36,4% nos repasses para a merenda escolar, elevando o orçamento de R$ 4 bilhões para R$ 5,5 bilhões, reforçou o combate à insegurança alimentar.

O conjunto de medidas adotadas desde o início da gestão – que inclui ainda a retomada do Minha Casa, Minha Vida, a reativação do Fundo Amazônia e a valorização da educação com reajuste de até 200% nas bolsas de estudo e pesquisa – criou as bases para esse ciclo virtuoso de desenvolvimento.

O anúncio deste domingo, portanto, não é um fato isolado. Ele coroa um projeto de nação que tem demonstrado, na prática, que é perfeitamente possível conciliar crescimento econômico robusto com a redução das desigualdades e a promoção da justiça social. São conquistas que devolvem ao país a esperança e a certeza de que o Brasil voltou a crescer — e a crescer para todos. www.brasil247.com