Viagem segura começa na garagem: o que revisar no carro para chegar bem ao destino
Além de salvar vidas, check-up pode evitar dor de cabeça na estrada, orienta a Polícia Rodoviária Federal

A orientação da Polícia Rodoviária Federal é revisar estepe, sistema de freios, iluminação, níveis de óleo e água, bateria, parte elétrica, entre outros itens
Apenas no primeiro mês de operação, a Rota Verde Goiás atendeu quase 3.000 ocorrências e panes mecânicas, elétricas e secas ficaram na vice-liderança dos atendimentos. São problemas que, muitas vezes, poderiam ser evitados. Foram 866 chamados para veículos parados na pista por problemas mecânicos, elétricos ou falta de combustível, demonstrando o quanto faz falta uma revisão de rotina, principalmente antes de uma viagem.
A checagem da “saúde” do veículo, que deve começar na garagem, é o passaporte para uma viagem tranquila, sem contratempos. “Atendi um casal no km 231 da BR-060, em Cezarina, que demonstra bem isso. A dona do veículo se lamentava bastante porque não havia feito uma checagem simples antes de viajar e, por isso, o carro deu pane. Secou a água do radiador e, também, ficou sem óleo no motor. Duas coisas muito simples de resolver que poderia ter poupado o desgaste”, relata Rainon Almeida, inspetor de tráfego da Rota Verde Goiás.
Além disso, a revisão veicular é importantíssima para uma viagem segura, já que também ajuda a evitar acidentes, alerta a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Do pneu ao painel, o veículo costuma dar sinais antes de pedir socorro. O policial rodoviário federal Victor Rustiguel, chefe de Comunicação da PRF em Goiás, explica que panes simples, como superaquecimento do motor, pneu desgastado ou iluminação comprometida, podem desencadear acidentes e congestionamentos. “Um veículo revisado responde melhor em situações de emergência e reduz drasticamente os riscos na estrada”, afirma.
Em épocas de fluxo alto, qualquer falha básica tende a se transformar rapidamente em um problema coletivo. A PRF orienta que o motorista revise pneus, incluindo o estepe, sistema de freios, iluminação, limpadores de para-brisa, níveis de óleo e água, bateria, parte elétrica, além dos equipamentos obrigatórios e da documentação.
Detectado algum problema, o melhor a fazer é resolvê-lo antes de pegar a estrada. Rustiguel conta que nas fiscalizações que as equipes da PRF fazem na BR-060 e na BR-452 predominam irregularidades como pneus em mau estado, iluminação incompleta e ausência de itens básicos. Em viagens longas, problemas como superaquecimento, pane elétrica e estouro de pneus ocupam o topo das ocorrências que resultam em paradas de emergência.
A falta de manutenção não compromete apenas quem está ao volante: afeta diretamente a segurança coletiva. Falhas de frenagem, derrapagens e panes inesperadas podem provocar colisões traseiras, manobras bruscas de desvio e até atropelamentos, principalmente quando o veículo para no acostamento sem sinalização adequada. Segundo Rustiguel, mesmo sem conhecimentos técnicos é possível identificar indícios de que o carro não está pronto para viajar: cheiro de queimado, ruídos anormais, vibrações, fumaça, luzes de alerta no painel e perda de eficiência nos freios são sinais de que é melhor procurar um mecânico antes de pegar a estrada.
Atenção à velocidade da via
Além das recomendações da PRF para planejar a viagem com antecedência e descansar adequadamente, é imprescindível respeitar a sinalização da via e a velocidade máxima para cada trecho. Excesso de velocidade está entre os fatores que mais causam acidente porque reduz o tempo de reação do motorista e amplia a gravidade de qualquer colisão. Manter um ritmo compatível com a rodovia ajuda a preservar a própria segurança e a de todos que compartilham o mesmo caminho.
Estrutura de atendimento ao usuário
Precisando de ajuda, os usuários das rodovias concedidas à Rota Verde Goiás contam com uma estrutura robusta de apoio. Tanto na BR-060 quanto na BR-452, a concessionária oferece serviços de socorro médico e mecânico, além de bases do SAU estrategicamente distribuídas ao longo dos trechos. Cada unidade possui banheiro, água, fraldário, telefone de emergência e um totem de autoatendimento.
As bases também contam com um botão de emergência que conecta o motorista diretamente ao Centro de Controle Operacional (CCO), facilitando o registro de reclamações, esclarecimento de dúvidas e envio de sugestões. Para tornar o trajeto ainda mais seguro e prático, a Rota Verde Goiás orienta que os motoristas baixem o aplicativo oficial da concessionária, que é o meio mais rápido para acionar serviços, solicitar atendimento ou obter informações importantes durante a viagem.
Sobre a Rota Verde Goiás
A Rota Verde Goiás assume 426,2 quilômetros de malha rodoviária em um trajeto essencial ao escoamento do agronegócio, principalmente soja e milho, e da indústria. O trecho rodoviário também é o caminho do transporte de produtos de multinacionais e de grandes eventos.
Firmado entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária, o contrato prevê investimentos de aproximadamente R$ 7 bilhões e tem um modelo de gestão inovador que visa oferecer mais segurança, conforto e eficiência para os usuários. Os benefícios econômicos incluem ainda a geração estimada de 58.389 empregos diretos e indiretos.