Como líder de bancada do Partido Liberal (PL), o deputado Delegado Eduardo do Prado concedeu entrevista à Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), na qual avaliou o primeiro ano da 20ª Legislatura como produtivo graças ao trabalho do atual presidente, o deputado Bruno Peixoto (UB) e dos parlamentares.

Ele entende que os novos deputados obtiveram recorde de aprovação de projetos com pautas importantes para a sociedade goiana. “Tivemos comissões temáticas realizando um grande trabalho e acredito que a atual legislatura se destaca por fazer a diferença no Parlamento, com deputados extremamente atuantes”, declarou o líder do PL na Alego.

Conforme destacou Prado, ao longo do ano passado, o partido agiu com independência em relação ao Governo estadual, mantendo sua coerência e votando de forma a analisar o que é melhor para a sociedade. De acordo com o parlamentar, seguindo essa postura a sigla votou contra a taxa do agro, o aumento do ICMS em Goiás e a criação do Difal.  Por outro lado, propôs a revogação das leis citadas e ainda o fim da contribuição de 14,5% sobre os benefícios de aposentados e pensionistas.

Entretanto, apesar de fazer oposição ao governo de Ronaldo Caiado (UB), a bancada, segundo o deputado, foi orientada a atuar de forma coerente e com critérios. “Como oposição, já votamos com o Governo em vários projetos importantes para a sociedade. Por outro lado, votamos contra aquelas situações que prejudicam a sociedade como a criação de cargos comissionados, o aumento do ICMS, a criação do Difal, a não valorização dos servidores públicos e o extrapolamento do teto para poucos servidores”, comentou Prado.

Ao ser questionado sobre o primeiro ano de governo do atual presidente, o parlamentar fez críticas. De acordo com ele, a economia recuou, as forças de segurança perderam o poder de ação, a criminalidade aumentou, as promessas de campanha não foram cumpridas e houve perseguições da liberdade de expressão. O que, segundo Prado, decepcionou, inclusive, os que apoiaram o presidente Lula. “Foi uma gestão deplorável”.

Quanto à gestão de Caiado, Prado pontuou que, em relação à segurança pública, houve evolução com a realização de concursos, sendo esta, inclusive, uma matéria requerida pela Comissão de Segurança Pública. Entretanto, o deputado criticou o governo enfatizando que faltou gestão em relação à economia e apontou medidas que, a seu ver, soaram como negativas, como, por exemplo, a criação da taxa do Fundeinfra e o aumento de ICMS de 17% para 19%, ações que “tem potencial para afetar a economia”, esclareceu.

Prado destacou ainda a falta de aumento de salário para os servidores públicos estaduais. “Caiado é o único governador da história de Goiás que não aumentou um real para os servidores públicos. E mesmo o Estado aumentando a arrecadação, parcelou a data-base de 2023 e não pagou as pretéritas, cobrou 14,25% de aposentados e pensionistas e não fez investimentos no Fisco goiano. Além disso, também não cumpriu as promessas da educação, da questão da titularidade dos professores”.

O líder do PL falou de suas expectativas para as eleições municipais de outubro próximo. Prado revelou que o partido projeta fazer o maior número de prefeitos e vereadores em todo o país. “Em Goiás, ao fazer as provisórias municipais, a nossa expectativa é que o partido se torne o maior no estado, ajudando a fortalecer a legenda em todo o Brasil.  O objetivo é ganhar força para a próxima eleição de Presidente da República, Governador e Senador”, concluiu.