Lula defende taxação internacional para financiamento do desenvolvimento sustentável

Em discurso na abertura da COP26, em Glasgow, na Escócia, na quarta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de mecanismos de taxação internacional para financiar o desenvolvimento sustentável.

“Precisamos criar mecanismos de taxação internacional para que a gente possa financiar o desenvolvimento sustentável. A gente não pode deixar que a conta do desenvolvimento sustentável seja paga pelos pobres e pelos países pobres”, disse Lula.

O presidente brasileiro citou como exemplo a taxação de grandes empresas multinacionais, que, segundo ele, “não pagam impostos nos países onde operam”.

“É preciso que a gente crie um imposto global sobre as grandes empresas multinacionais, que são as que mais poluem e as que mais exploram o trabalho”, disse Lula.

O presidente também defendeu a taxação de transações financeiras, que, segundo ele, “são muito voláteis e não geram riqueza”.

“A gente precisa taxar as transações financeiras para que a gente possa financiar o desenvolvimento sustentável”, disse Lula.

A proposta de Lula de taxação internacional para o desenvolvimento sustentável é uma das principais bandeiras do seu governo. O presidente já havia defendido essa medida em outras ocasiões, como na reunião do G20, em Roma, em outubro.

A criação de mecanismos de taxação internacional para o desenvolvimento sustentável é uma proposta complexa, que enfrenta resistência de países desenvolvidos. No entanto, Lula acredita que essa é uma medida necessária para combater a mudança climática e promover o desenvolvimento sustentável.

Possíveis impactos da medida

A taxação internacional para o desenvolvimento sustentável poderia ter uma série de impactos positivos. Em primeiro lugar, ela poderia ajudar a financiar ações de combate à mudança climática e de promoção do desenvolvimento sustentável. Em segundo lugar, ela poderia ajudar a reduzir a desigualdade global, pois os recursos arrecadados poderiam ser redistribuídos para países em desenvolvimento.

No entanto, a medida também enfrenta alguns desafios. Um dos principais desafios é a resistência de países desenvolvidos, que temem perder competitividade. Outro desafio é a dificuldade de implementação de um sistema de taxação internacional justo e eficaz.

A proposta de Lula de taxação internacional para o desenvolvimento sustentável é uma proposta ambiciosa, que enfrenta desafios importantes. No entanto, a medida tem o potencial de gerar impactos positivos significativos para o combate à mudança climática e para o desenvolvimento sustentável.