Beijar bebês recém-nascidos pode ocasionar infecções e proliferação de vírus, fungos e bactérias

O organismo dos bebês recém-nascidos é muito frágil, o que os torna mais suscetíveis a infecções por vírus, fungos e bactérias. Portanto, as demonstrações de carinho e afeto devem acontecer com cautela, sobretudo durante os primeiros dias de vida.

“Culturalmente, o beijo é um dos meios pelos quais o brasileiro expressa seus sentimentos. No entanto, quando se tratam de bebês com pouco tempo de vida, a prática configura um perigo e deve ser evitada”, alerta o médico-diretor do Hospital América/Rede Hapvida NotreDame Intermédica, Wesley Medeiros.

O especialista destaca que os bebês estão em fase de fortalecimento da imunidade. “Quando expomos o bebê a beijos, gotículas salivares são expelidas e, caso estejam contaminadas, tornam-se via de transmissão de inúmeros processos infecciosos, como gripe, resfriado, covid-19, além de doenças como candidíase oral, mononucleose, caxumba e outras”, ressalta.

Medeiros pontua que o ideal é expressar seu amor e carinho de forma responsável e consciente, evitando contato, sobretudo, com áreas como bochechas e mãos e faz um alerta aos pais. “É fundamental que orientem familiares e amigos e não permitam beijinhos na hora do afago”, ressalta.

Além disso, é importante evitar que a criança tenha contato com pessoas que apresentem sintomas respiratórios ou febre. Caso os cuidadores estejam com algum sinal suspeito, devem usar máscara de proteção no trato com os pequeninos. Além disso, lugares com aglomeração de pessoas também não são indicados.

“Ainda não estamos livres da covid-19. Paralelamente, a estação do ano é propícia para doenças virais e respiratórias, então, todo cuidado é pouco. Não exponha seu filho a condições de contágio. Evite visitas e o mantenha mais distante possível de ambientes fechados e aglomerados”, completa o especialista da Hapvida NDI.