Transplante de medula: entenda quando é indicado e como doar

Hematologista reforça a importância de ampliar o cadastro de doadores durante a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea

Essencial para tratar diversas doenças do sangue, como mieloma múltiplo, linfomas e algumas leucemias, o transplante de medula óssea, também chamado de transplante de células-tronco hematopoiéticas, ganha ainda mais destaque durante a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea (14 a 21 de dezembro), período em que se reforça a necessidade de ampliar o número de doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Isso porque existem dois tipos principais de transplante: o autólogo, quando as células vêm do próprio paciente, e o alogênico, quando o material é obtido de um doador compatível, que pode ser um familiar ou uma pessoa não aparentada.

As indicações para este tipo de tratamento podem variar. De acordo com o hematologista do Einstein Goiânia, Gustavo Fernandes, o transplante autólogo é mais utilizado na consolidação de tratamento do mieloma múltiplo e em linfomas que voltam após a primeira linha terapêutica. Já o alogênico, que exige um doador compatível, é fundamental nos casos de leucemias e outras doenças hematológicas de alto risco. “Cada modalidade tem sua indicação específica. Não há um melhor que o outro. O que existe é o mais adequado para a doença e para o momento clínico do paciente”, afirma.

Como ser um doador

Em Goiás, o cadastro de doadores junto ao Redome é realizado no Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz, onde são coletados cerca de 5 ml de sangue para análise. Para se cadastrar, basta ter entre 18 e 35 anos, boa saúde geral e disponibilidade para doar caso haja compatibilidade. “Ser doador pode salvar uma vida e transformar toda uma família. A chance de compatibilidade é de 1 para 100 mil, por isso precisamos de mais pessoas cadastradas”, ressalta o médico do Einstein Goiânia.